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Beterraba  
A beterraba que vai do inverno ao verão brasileiro
Polinização aberta é uma forma de manter as características especiais das sementes em campos preparados exclusivamente para o melhoramento
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Breno Fonseca
08/02/2011

Com raízes redondas, folhas muito verdes e uniformidade no formato dos exemplares, a beterraba Itapuã pode alcançar o tamanho de 6cm a 8cm de diâmetro. O grande avanço da pesquisa iniciada há 20 anos é o desenvolvimento de cultivares mais resistentes a doenças, como o olho de perdiz, e que podem ser cultivadas durante o ano todo nas regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste e, de setembro a maio, no Sul do país. Todas as características puderam ser conferidas de perto durante o Isla Super Campo, evento que terminou no dia 21 de janeiro e que apresentou produtos híbridos e de polinização aberta (OPs) de alto potencial aos proprietários da região metropolitana de Porto Alegre.

Atualmente, os polos que se destacam no cultivo da variedade são a Serra gaúcha, a região de Marilândia do Sul, no Paraná, e o Estado de São Paulo, que dispõe da produção mais mecanizada do país, segundo Diana Teixeira Werner, presidente da Isla. Outras zonas de pequenos cultivos familiares também são encontradas no Rio Grande do Sul, em território paranaense e em outras áreas dos Estados centrais, do Sul e Sudeste. Diana explica que, no geral, a beterraba é uma raiz produzida durante períodos de inverno. Porém, a Itapuã foi especialmente elaborada para as condições de verão, com o objetivo de fornecer um produto que tenha condições de resistir ao calor e às condições climáticas brasileiras.

– Cada área de cultivo utiliza técnicas diferentes. Temos que entender as características locais e o tipo de solo nos quais o plantio está inserido para que possamos dar indicações específicas de manejo. Além da análise do terreno e da identificação das carências deste, é importante observar as diferentes formas de cultivo, pois temos os agricultores familiares e as lavouras altamente mecanizadas – comenta Diana Werner, destacando que, durante o Super Campo, os agricultores observaram as especificidades da cultivar. Com isso, tiveram maior poder de escolha na hora de decidir sobre qual o tipo que melhor se adequa às suas necessidades.

A presidente da empresa ainda destaca que, apesar de os índices de produtividade variarem de acordo com a região e com as técnicas de cultivo, na época do verão, a Itapuã se iguala ou supera a potencialidade de beterrabas híbridas. Isso se deve à seleção de material associada ao processo de polinização aberta em áreas específicas, de onde se tiram as variedades comerciais. Assim, as plantas são cruzadas livremente, ou seja, abelhas, insetos, polinizadores, aves e o próprio vento fazem com que o pólen seja levado de uma flor a outra. Segundo Diana, é isso que identifica as cultivares OPs, grupo do qual a Itapuã faz parte.

– No entanto, o que promove o alto desempenho é o melhoramento dos materiais ao longo dos anos. Afinal, é fundamental que não formem os anéis brancos, grande defeito que uma beterraba pode apresentar, que sejam resistentes à cercóspora, doença chamada de olho de perdiz, que ameaça as folhas e diminui a produtividade, e aos nematóides. Aliado à metodologia de polinização aberta, a potencialidade aumenta – observa Diana, destacando que o ciclo da Itapuã é de 60 a 75 dias, desde a semeadura até a colheita, o que, comparado a outras cultivares, possibilita aos proprietários rurais ganharem de 10 a 15 dias a cada ciclo, o que representa redução de gastos.

Durante o Isla Super Campo, os produtores puderam conferir outros materiais, como beterrabas, tomates, pimentões, pimentas, repolhos, abóboras, melões, melancias, berinjelas e pepinos. Para maiores informações, basta entrar em contato com a Isla pelo telefone (51) 2136-6600.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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